RIO - Em Segunda Mundial, uma área policiada enclausura dezenas de famílias estrangeiras. seus idiomas nativos é de punio. Reunies so proibidas; as correspondncias, censuradas. Toques de e racionamento de regem o cotidiano de supostos colaboradores dos países inimigos. O endereo deste de concentrao é a Vila de é-Aú, no á.
A história das instalaes erguidas no do país para imigrantes do Japo e da Alemanha, países do Eixo que lutaram contra o Brasil, é contada no Por terra, céu & mar: Histórias e memórias da Segunda Mundial na Amaznia, lanado recentemente pela editora Paka-Tatu, e em um documentário homnimo.
menos 480 famílias japonesas, 32 alems e algumas poucas italianas foram levadas do á e do Amazonas para é-Au. A de Belém até a vila, que ficava na de Aracá, era feita de a e durava de 15 a 18 horas. Muitos imigrantes desejavam ir para o , que funcionou entre 1943 e 1945, para se livrarem da depredao de suas casas e lojas, promovida por brasileiros que se autointitulavam patriotas.
Outras pessoas foram, de , consideradas colaboradoras de países inimigos, muitas por venderem equipamentos e combustíveis. Sua deteno ocorria ao mesmo em que a Fora Aérea dos EUA instalou uma aeronaval em Belém, de onde os aliados partiam para Europa, Ásia e África. Segundo o O do á, a colnia de é-Au servia de concentrao dos eixistas nocivos segurana .
Passamos por muitos sacrifícios por da polícia lembra o japons Hajime Yamada, de 86 anos, que emigrou para o Brasil em 1931 e era do de concentrao de é-Au durante a Segunda Mundial. Se trs de nós estivéssemos juntos, já vinha alguém para . Minha famí foi uma das poucas que no teve alguém , porque minha me era comunicativa e conseguia se com quem nos perseguia.
Imigrantes declararam ao Brasil
Apesar das muitas restries, as instalaes da paraense, erguidas em uma área onde funcionava a Companhia Nipnica de Plantao do Brasil, em lembravam o cenário de horror dos campos nazistas. No á, os imigrantes detidos chamavam a residncia de . O responsável por levar-lhes foi de Tenente . E a proibio s reunies coletivas era temporariamente derrubada para que os imigrantes jogassem futebol.
Em Belém a represso era maior recorda. Os brasileiros queimaram e saquearam as lojas dos japoneses e de pessoas de outros países.
Os moradores da paraense com parentesco, mesmo que distante, com dos países do Eixo, procuravam os meios de comunicao para sua lealdade s Foras Armadas brasileiras. O O do á, por exemplo, trouxe uma nota, no início de 1942: José Olivar, na Itá, no Brasil o ano de 1903 (...) vem por no relaes algumas com países do Eixo, e ele seus filhos esto dispostos a servirem (sic) a pátria brasileira que o acolheu sua.
Coautor do Por terra, céu & mar (...), o antropó Hilton da Silva atribui a da populao com os supostos colaboradores do aos problemas de comunicao da época:
A Regio era uma , um demográfico. A informao demorava a e, por isso, ninguém sabia na rua ou quais seriam as reaes do .
Os moradores de Belém abraaram os esforos de , o racionamento de combustíveis, tecidos, metais e, , de gneros alimentícios. Po, , sal e aúcar, por exemplo, só poderiam ser comprados com cupons.
O confiscava para as tropas . Os moradores só podiam ir para as mercearias com uma caderneta. Cada comprado era marcado. Quando ela era preenchida, o consumidor no poderia mais levar .
A elé da cidade era desligada noite, para a realizao de treinamentos. Os paraenses também aprenderam táticas de sobrevivncia, aes recomendáveis em de ataques aéreos. Houve até campanhas de arrecadao de cigarros para os soldados que lutariam na Itá.
Muitas pessoas lembram de Rio e So Paulo quando falam os pracinhas lamenta o antropó. houve uma contribuio de soldados da Amaznia ( de 600 soldados) e estes ex-combatentes hoje so poucos e ignorados.
Uma do confronto
No da , brasileiros e descendentes de países do Eixo tomaram caminhos diferentes. Muitos pracinhas paraenses trocaram a terra natal pelas metrópoles, Rio e So Paulo, onde aprenderam a mecnicos, metalúrgicos e operadores de máquinas. Os japoneses, por sua vez, procuraram áreas rurais do Brasil, o á, por no terem onde plantar em seu país, durante o confronto com os EUA.
Yamada, de Hiroshima, ouviu rádio a notícia do lanamento de uma atmica sua cidade, no dia 6 de agosto de 1945, onde moravam duas de suas irms. Traumatizado com a , o só foi visitá-las 46 anos , em 1991.
O Japo demorou um para se reerguer explica o . Muita gente veio para é-Au em de oportunidades. mais queremos uma .