RIO - O Brasil vive um paradoxo no setor portuário. Em terminais para movimentao de minério de ferro, o país está na liderana do ranking mundial, ocupando o primeiro, o segundo e o quinto lugares. Entre os portos que movimentam contineres, desce a para a 35 posio, na lanterna dos 40 portos e terminais listados em pela Federao das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Investimentos em ampliao de , modernizao de equipamentos e melhorias no de gerenciamento eletrnico de poderiam o Brasil 17 posio em trs anos. Um salto que, segundo especialistas, pode ser com a MP dos Portos, aprovada semana no Congresso.
Para Riley de Oliveira, em portos da Firjan e do , essa situao reflete a crescente especializao do Brasil na exportao de commodities, o que acabou privilegiando investimentos nos terminais que movimentam minério e gros, em dos que movimentam contineres, com cargas de maior , automóveis.
para o negócio de algumas empresas exportadoras portos eficientes. Isso as motivou a investir. No dos contineres, cuja movimentao se concentra em portos públicos, o país ainda precisa melhorar para sua competitividade diz Oliveira.
O da Firjan considera a infraestrutura portuária, excluindo ao porto e burocracia, dois dos principais problemas do setor hoje. Foram analisados nove itens, equipamentos, de monitoramento de cargas e agendamento de caminhes, do pátio e , entre outros. As informaes foram compiladas órgos internacionais Organizao para a Cooperao e Econmico (OCDE) e Banco Mundial.
Quem aparece no 35 no ranking de portos de contineres é o Porto de Santos (SP), o único da . Segundo Riley, embora os equipamentos estejam entre os melhores da América do , ficam aquém dos usados em Europa, EUA e Ásia. Conseguem empilhar, em média, seis contineres. No Porto de Hong Kong (3 ), as pilhas chegam a 13. Além disso, a movimentao de é modesta se comparada aos primeiros colocados. Santos movimentou 3,2 milhes de TEUs ( usada para os contineres) em 2012. O Porto de Cingapura e o Porto de Xangai, os dois primeiros da , tm para de 25 milhes de TEUs.
Nos cálculos do , investimentos em tecnologia e os já anunciados investimentos nos terminais da Embraport (da Odebretch) e da BTP, ambos em Santos e que vo a do porto para oito milhes de TEUs em 2015, seriam suficientes para o país quase 20 posies, alcanando a 17. Os especialistas destacam, porém, que o Brasil figurará entre os primeiros colocados nesse ranking, pois tem limitaes físicas. Os portos de Cingapura e Xangai tm de até 30 metros, o do de Santos, o que lhes permite os navios do .
A Codesp, que administra o Porto de Santos, diz que cabe a ela gerenciar o tráfego de caminhes, cabendo s empresas que exploram os terminais, a Santos Brasil, de Daniel Dantas, o agendamento e o controle da movimentao das cargas. A empresa responde por 55% da movimentao de contineres do porto, no quis comentar o .
MP pode destravar investimentos
Para Claudio Loureiro, diretor da Centronave, que reúne companhias de navegao responsáveis por 75% do comércio exterior , a MP dos Portos, ao a de terminais privados movimentarem cargas de terceiros, vai descentralizar a movimentao de contineres:
Com a MP, acredito que projetos parados saiam do papel, o terminal da Log-in em Manaus. Há demandas no .
O presidente da Associao Brasileira dos Terminais de Contineres de Público (Abratec), Sérgio Salomo, frisa, no entanto, que o texto da MP é dúbio quanto antecipao da renovao dos contratos em vigor, defendida pela associao para investimentos.
Os dois terminais de minério que so considerados os melhores do so da Madeira (MA) e Tubaro (ES), ambos da . O quinto é o porto de Itaguaí (RJ), onde a mineradora também atua. O da Firjan dividiu os portos e terminais em cinco categorias, além de minério de ferro e continer. No do carvo, Itaguaí aparece em quinto. Em gros, Rio (RS) está em sétimo, Tubaro (ES) em oitavo e o de Santos (SP), em 19. Na petróleo, o Brasil sequer aparece.
Se considerada a burocracia, outro da Firjan que o Brasil fica em 106 entre 118 países, com médio de liberao de de 5,5 dias. A média mundial é de trs dias.