Morre no Rio a figurinista Kalma Murtinho

Morre no Rio a figurinista Kalma Murtinho

Mensagempor AAlicia » Ter Out 22, 2013 06:22

RIO Considerada a primeira- do figurino no Brasil e uma das fundadoras do Teatro , Kalma Murtinho morreu neste domingo, no Rio, aos 93 anos. Ela trabalhou em mais de 200 peas, além de incurses no cinema e na televiso. Sua premiada é do "Kalma Murtinho - Figurinos", que a Funarte vai em , com textos de Fernanda Montenegro e da crítica de teatro Barbara Heliodora. Seu corpo foi enterrado hoje tarde, no Cemitério So Joo Batista, em Botafogo. Kalma deixou uma filha, a também figurinista Rita Murtinho.

Kalma Murtinho gostava de que escolhia as da famí. Dizia, também, que andou pelas ruas prestando ateno na as pessoas se vestiam.

, o infantil se transformou em profisso para essa carioca nascida em 1920. Autodidata, ela se tornou ainda na adolescncia amiga de Maria Clara Machado, com quem montava peas e atuava nos acampamentos do Bandeirante. Anos , em 1951, quando Maria Clara fundou o , certamente o principal de formao teatral do Rio, foi que Kalma se juntasse empreitada, o primeiro para aquela que se tornaria a mais influente figurinista do teatro carioca.

A Kalma fez figurinos para mais de 200 peas. Ela tinha e uma noo clara do que ficava em cena. pensou no personagem e no visual de um espetáculo a crítica teatral Bárbara Heliodora, que, a Fernanda Montenegro, escreveu textos para o Kalma Murtinho Figurinos, com de 450 imagens de croquis e fotos de cenas, que deve ser lanada ainda ano pela Funarte.

O primeiro ao de Kalma foi pela Associo de Críticos Teatrais do Rio, ainda no início da no , figurino de dos ladres, texto de Jean Anouilh por Geraldo Queirós em 1955. Pouco , em 1957, cuida dos figurinos do espetáculo Nossa com papai, de Howard Lindsay e Russel Crouse, montagem de Gianni Ratto para o Teatro de Comédia, o TBC, pela qual ganhou o Prmio do Círculo dos Críticos Independentes.

Em 1968, recebeu o primeiro de seus trs prmios Molire, por O jardim das cerejeiras, de Anton Tchekov, pea que inaugurou o Teatro Ipanema com direo de seu , Ivan de Albuquerque. Os outros Molire vieram em 1973, por O de Madame Vidal, dirigida por Fernando Torres, e em 1983, pelas peas Foi meu ?, de Luís Alberto de Abreu, com direo de Wolf Maya, e de acusao, de Agatha Christie, dirigida por Domingos Oliveira.

Acho que a primeira vez que eu trabalhei com ela foi em 1974, com Pippin ( de Roger O. Hirson e Stephen Schwartz, por Flávio Rangel). fizemos muitas coisas juntas. Ela era uma artista extraorinária, com um impressionante diz Marí Pra. Se voc fosse na da Kalma ia ela era. Era um ateli de arte. Ela era sinnimo de .

A do de Kalma esteve a servio de outras tantas montagens consagradas no teatro carioca. Ela fez os figurinos para Cyrano de Bergerac, de Elmond Rostand, dirigida por Flávio Rangel em 1985, e para Orlando de Bia Lessa, que foi adaptada do texto de Vírginia Woolf por Sérgio SantAnna em 1989. Com Miguel Falabella, fez Filha de Lúcifer, de William Luce, em 1993; e com Rossi, Vita e Virgínia, de Eillen Atkins, em 1996.

Ela foi a melhor do , o que eu sei do teatro foi através dela Valeria Stefani, figurinista de filmes Suprema (2010) e Faroeste (2013), e que foi de Kalma em peas Orlando.

Kalma também fez para o cinema e para TV. Foram dela, por exemplo, os figurinos dos filmes Vagas para moas de (1993), de Paulo Thiago, e Amé (2001), de Ana Carolina; e das novelas Saramandaia (1976) e Espelho mágico (1977).

Eu lembro dela um sol. Sabe uma que era um sol na , e transmitia para todos? Esta era a Kalma diz a artista plástica Thereza Miranda, de 85 anos, amiga da figurinista há 50.

AAlicia
 
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