RIO - Uma performance apresentada no último dia 28 de maio no de um seminário do de Produo Cultural da Universidade Fluminense (UFF), no campus de Rio das Ostras, correu as redes sociais e vem provocando arte e o que é pertinente do de acadmico. A do carioca Coletivo Coiote, a apresentao chamada de Xereca Satnik teve jovens nuas condenando a violncia contra a e o número de estupros na cidade, e uma delas chegou a a vagina costurada por colegas. Rituais com e crnios, além de cnticos e danas, também so identificáveis nas imagens do evento, que ultrapassaram os limites da universidade. A Polícia abriu um inqué para a . Em nota divulgada ontem, a corporao disse as circunstncias da utilizao do patrimnio público para realizada na última quarta-feira, sem, no entanto, em que crimes os participantes teriam incorrido. Defensores do disseram estar sendo vítimas de e chamaram as reaes de moralistas.
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Segundo a PF, sero ouvidos os representantes da universidade e os responsáveis pela organizao da . Também sero realizadas diligncias para identificar outros participantes, conclui a nota. Na página de ao evento, um texto afirma que reaes de s performances do Xereca Satnik evidenciaram o quo conservador, hipócrita, moralista e legalista é o ao nosso . Um que precisa ser em suas estruturas para com todas as formas de opresso e explorao. Estamos no comeo!
chocou durante a JMJ
O evento que despertou declara a movimentos No vai , das Vadias e da Maconha. E menciona sua ligao com fetiches, destruio, paganismo, bruxaria, entre várias outras citaes. Uma das participantes da performance, Raíssa Vitral, que aparece em fotos tendo a vagina costurada, é a mesma que chocou católicos ao se masturbar com uma santa num protesto contra a , na de Copacabana, durante a Mundial da (JMJ). Mineira, ela integra o Coletivo Coiote, que se dedica a performances corporais. Raíssa no foi encontrada ontem para sua a performance realizada quarta-feira na UFF.
Ainda no domingo, dada a repercusso do , o do departamento de Produo Cultural da UFF em Rio das Ostras, Daniel Caetano, usou sua página no Facebook para os críticos de . Caetano voltou a que a Xereca Satnik tinha o objetivo de estupros e outras formas de violncia contra a na cidade e que quem fosse contra estaria sendo . Infelizmente, há pessoas que acreditam que o deve ser sua imagem e semelhana, sem espécie de do padro ou mesmo espécie de sua confortável, conformista e preguiosa, escreveu. O coordenador afirmou ainda com a compreenso do reitor Roberto Salles. Procurado, o reitor disse que no daria declaraes o . A UFF informou que abriu uma comisso, com prazo de atuao de 30 dias, para o .
Ontem, ao , o coordenador do departamento de Produo Cultural da UFF afirmou que sabia que um de artistas que trabalha usando de agressiva o próprio corpo faria uma performance.
Tínhamos plena conscincia de que tudo seria por um de artistas, plenamente conscientes do que estariam fazendo com seus próprios corpos afirma Daniel Caetano. A de as pessoas para faz-las existe o início das vanguardas europeias, no século XIX.
Segundo o coordenador, artistas a sérvia Marina Abramovic comearam a coisas parecidas há décadas. Ele chamou a curiosidade de boatos que envolvem tabus.
Opinies divergentes
A professora de Jornalismo do Instituto de Arte e Comunicao (IACS) da UFF de Niterói, Sylvia Moretzshon, questionou ontem a pertinncia acadmica da performance e afirmou que a universidade no deveria t-la . Segundo ela, a instituio tinha que selecionar melhor o que produo cultural. O dos alunos, segundo ela, daria para atitudes extremadas:
Estamos vivendo tempos confusos, com a derivao das manifestaes de junho para atividades pirotécnicas. Eles acham que performance é vá porque a liberdade é infinita, nenhum é . Racismo está aí para isso, é inafianável. Daqui a pouco podem abordar o belas artes. E aí?
No ano , Sylvia foi de críticas por de alunos da UFF ao questionar um cantor de hip hop que teria sido para uma apresentao no prédio do IACS, em Niterói. Na ocasio, o artista teria hostilizado um funcionário da universidade que no gostou da apresentao no campus.
Escrevi na internet criticando o cantor, e fui hostilizada nas redes sociais. As pessoas acham que o melhor é o afirma a professora.
A socióloga Jacqueline Pitanguy se disse chocada ao que uma tinha tido a vagina costurada durante o evento.
No é costurando que voc vai (atos de agresso contra o corpo da ). ao contrário, é respeitando a . A costura da vagina remete mutilao genital que afeta milhes de mulheres, sobretudo no da África e na África subsaariana. So práticas hediondas. Isso é um horror, e é lamentável que seja . No é.
Médica ressalta saúde
A ginecologista Ana Elisa Baio, coordenadora da clínica de obstetrícia da maternidade Perinatal Barra, no Rio, ressaltou os riscos saúde a que os envolvidos estiveram expostos por manusearem agulha numa espécie de inciso cirúrgica:
So vários os riscos, , por exemplo, de uma contaminao por compartilhado, que pode doenas sangue, sífilis e hepatite B. Também existia o de infeco do por bactérias. no havia condio de para uma inciso. Há também o problema da cicatrizao . Pode levar a uma fibrose.