Guardio de vozes da extino

Guardio de vozes da extino

Mensagempor CBenedita » Sex Abr 26, 2013 01:49

RIO - Sem que nos demos , nossos ouvidos captam milhares de sons todos os dias. Eles se confundem e formam uma sonora que soa sem significado para muita gente. Sonoridade, porém, que no passa despercebida ao uruguaio Juan Pablo Culasso. da Tijuca, ele aprendeu a tons e timbres que no costumam ser identificadas na sinfonia do dia a dia. Seus favoritos so as vozes das aves. Gosta que, há 11 anos, decidiu o que ouvia e os animais. A atividade passou a ser um e uma pela conscientizao do de extino de várias espécies.

Culasso é deficiente visual de nascena. Aprendeu cedo, porém, a com os mais diferentes tipos de sons. Seja ou afinao, consegue ruídos e barulhos do cotidiano. Ajudaram também os anos de aulas de piano, que refinaram a percepo da variao de tons. Com o , o das notas passou a , também, uma noo de distncia entre os pássaros.

No as aves com os olhos no significa que no as conhea. Eu as enxergo de , por de suas vozes gosta de .

Na cabea, garante mais de 800 vozes memorizadas. No computador, esto registrados menos 25 sons de espécies diferentes. Muitas ameaadas de extino. o do formigueiro-de-cabea-negra. Há também cantos de pássaros que supostamente desapareceram de nossas matas, que ainda mobilizam os ornitólogos. O tiet-de- é um exemplo.

Através das gravaes, posso um que muitas vezes no se repete. So lindas canes que podem sumir com o avano de cidades. um de conservao do patrimnio afirma Culasso.

As melodias ficam registradas no site de Culasso e em CDs, que so procurados para exposies em todo o país e até programas de televiso, sonoplastia. Juan também trabalha instrutor de cursos de gravao de de aves. Em suas aulas, costuma aos alunos fones para que ouam as gravaes dos acordes da fauna feitas .

O pelas aves comeou em Montevidéu, no Uruguai. Enquanto uns viam a nas cores e nos formatos dos pássaros, Culasso se impressionava pela elaborao dos cantos e pela dos sons variados de variadas espécies.

2002, registra os com um Marantz PMD222. Na época, foi bió Santiago Claramunt para ajudá-lo a o do caboclinho-de--vermelha. Com pouca ou nenhuma informao o , recebeu uma instruo do : é o boto REC.

Apaixonou-se pela atividade. Há oito anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde aprofundou os seus estudos. Hoje, também com uma á acoplada ao equipamento. A á é uma espécie de receptor gigante que, ligada ao microfone, permite captar uma gama complexa de ondas sonoras.

O de gravao dos sons no é pode . Culasso no consegue, por exemplo, um da cidade onde mora. Mesmo no do Jardim Botnico, das ruas, o som no é .

Ao , o ruído de carros e até de pessoas conversando atrapalha o . A única soluo é para locais distantes, para as florestas dos Campos Sulinos, no Uruguai, e a Amaznica. No do Rio, sua área preferida so as reservas da cidade de Cachoeiras de Macacu, cidade que fica no para Friburgo.

em cidades grandes é praticamente impossível. . No há um único onde seja possível ruídos humanos lamenta.

O de é o . Fotógrafo, Juan José Culasso complementa o do com imagens das aves estudadas. Sozinhos, passam fins de semana isolados, em silncio, embaixo das árvores. Na espera de reencontrar velhos conhecidos alados ou, quem sabe, novas espécies. Quietos, e ouvem os cantos, pios, chamados e alertas que as aves vocalizam na .

diz a do Antoine de Saint-Exupéry que Culasso aprecia, o é invisível aos olhos.

CBenedita
 
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