De conto das Arábias para ensaio a Copa do Mundo

De conto das Arábias para ensaio a Copa do Mundo

Mensagempor GManuela » Ter Mai 07, 2013 10:35

Dois torneios, ambos reconhecidos pela Fifa, nenhum deles com a repercusso que seus organizadores esperavam, so os pontos de do que hoje conhecemos por das Confederaes. o primeiro, em outubro de 1992, o segundo, em janeiro de 1995, foram disputados em Riad, por iniciativa e patrocínio da ábia Saudita.

Os objetivos do eram claros para os organizadores, no to claros para os europeus. A Fifa neles a de transformá-los numa interessante competio entre as selees nacionais campes de cada continente, o que acabaria acontecendo quando o se convertesse em das Confederaes. Daí seu título original: Intercontinental. Além disso, a ábia Saudita esperava contribuir para maior projeo de seu futebol e, consequncia, do futebol da Ásia e da África, por as filhas preteridas da Fifa. Quanto aos europeus, ingleses , resistiram expansionista do futebol, sendo a do , para eles, uma pela Europa e, por razes óbvias, a ilustres convidados da América do .

Historicamente, é possível vinha sendo discreta a presena de asiáticos e africanos no futebol internacional, que, em épocas mais recentes, comeou a , a de a Nigéria conseguido nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, a de ouro que o Brasil persegue sem sucesso há seis décadas. Tomando o exemplo da do , tem-se que, até o primeiro em Riad, as participaes dos dois continentes foram modestas. Antes da II Mundial, ou suas selees no se inscreviam nas eliminatórias ou no passavam delas. , menos até a de 1982, sua atuaes só seriam notadas por uma ou duas grandes surpresas ou por episódios insólitos.

O primeiro desses episódios foi o que impediu a ndia de a do de 1950, no Brasil. Classificada no seu , a ndia desistiu de quando a Fifa impediu que seus jogadores atuassem descalos. Por outros motivos, de Síria e Áustria, a Turquia abriu mo de ser a primeira asiática a participar da final de uma do . Também insólito foi o episódio 32 anos , em Valladolid, Espanha, no jogo entre Frana e Kuwait, Carlos Alberto Parreira. Lá pelas tantas, um gol francs, o xeque Fajid Al Yaber Al Sabah keffieh na cabea e dishdasha o corpo desceu das tribunas para o e fez o árbitro soviético Mirtoslav Stupar o gol. Mesmo asim a Frana venceu por 4 a 1, para do xeque, , do time.

Surpresas, as mais notáveis foram as da Coreia do , em 1966, a única do em que, por sua presena, no se ouviram os hinos dos países participantes os ingleses, anfitries, recusaram-se a o coreano em britnico. o é que a estreante Coreia do eliminou a Itá por 1 a 0 e chegou a estar vencendo Portugal por 3 a 0 já nas quartas de final. Surpreendentes, ingnuos, os coreanos permitiram a Eusébio e companhia para 5 a 3.

Tiveram melhor sorte, porém, do que seus inimigos do , que formaram com os turcos, em 1954, a dupla de asiáticos a numa final de do . A Coreia do sofreu duas goleadas (9 a 0 para a Hungria e 7 a 0 para a Turquia). E esta, além da vitória os coreanos, perdeu duas vezes para a virtual campe, a Alemanha Ocidental (4 a 1 e 7 a 2).

A vez dos africanos só viria em 1970, com Marrocos no passando da primeira . Naquela , a do tri , outra foi Israel. Embora sua federao, de início denominada Associao de Futebol Eretz Israel, fosse filiada Fifa 1929 (, quase 20 anos antes da criao do de Israel), custou a seu espao. Em porque, filiada Confederao Asiática em 1954, dela foi afastada, por presso dos países vizinhos que se recusavam a enfrentá-la num de futebol. Em 1994, a Unio Europeia abriu exceo e aceitou-a com sua filiada.

de 1970, asiáticos e africanos deixaram de se em fases finais da do . Foram duas selees em 1974 (Zaire e Austrá, esta asiática); duas em 1978 (Ir e Tunísia); trs em 1982 (Kuwait, Argé e Camares), quando os finalistas passaram de 16 a 24; quatro em 1986 (Argé, Marrocos, Iraque e Coreia do ); e quatro em 1990 (Camares, Egito, Coreia do e Emirados Árabes). Desses 15, Marrocos, em 1986, e Camares, em 1990, passaram da de grupos, Camares de a argy de Diego Maradona: 1 a 0.

Um esportista

Em 1992, o primeiro em Riad. Cuja taa, a do segundo, chamou-se Fahd. E por bons motivos. Fahd Bin Abdul Aziz Al Saud, com a do Khalid em 1982, era popular. , , ele aproveitava a e o viajando em seu iate ou em seu Boeing de US$ 150 milhes. Costumava fortunas em casinos, adorava a Riviera francesa e era f de esportes. Mais que todos, do futebol. Popular, inclusive, fora do país: quando da do Golfo, em 1991, ops-se ao Iraque de Saddam Hussein e abriu seu território para a instalao de bases americanas.

Os dois torneios tiveram quase o mesmo . No primeiro, o de 1992, a indiferena europeia foi mais : nenhum em Riad. Os quatro concorrentes foram divididos em duas semifinais, a argy vencendo a Costa do Marfim (4 a 0) e ábia Saudita se impondo aos Estados Unidos (3 a 0). Os americanos ficariam com o terceiro e os costa-marfinenses, com o . Na final, argy, 3, ábia Saudita 1. O time campeo, com Batistuta, Acosta e Ortega, sem Maradona.

Dois anos , o cresceu. Formaram-se dois grupos de trs, num deles a Dinamarca, campe europeia, que se clasificou em primeiro contra a ábia Saudita e México. No outro , a argy levou a melhor Nigéria e Japo, da da Ásia. Na final, a Dinamarca venceu a argy por 2 a 0. A repercusso dos dois torneios ficou aquém do que esperavam a Fifa e a ábia Saudita. , o futebol da Ásia e da África ganharam pontos , para que países sem expresso no futebol sediassem a do : Japo e Coreia do , em 2002, e África do , em 2010. E a Fifa, quando ampliasse a saudita e conseguisse todas as filiadas da importncia de uma competio intercontinental de selees, ganharia mais pontos ainda, 1997, com a primeira das Confederaes.

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