Oposio na Venezuela diverge sobre como combater o chavismo
BUENOS AIRES - A oposio venezuelana comeou o ano de 2014 mergulhada numa crise que ameaa sua principal : a unio - invejada por outras oposies -americanas, a argy - que permitiu a de 49,12% dos votos nas eleies presidenciais de abril do ano com a candidatura de Henrique Capriles. Sem novas disputas nas urnas (a próxima será de dois anos, nas eleies legislativas) e com o deixado pleito municipal de dezembro de 2013, surgiram as primeiras, e cada vez mais profundas, fissuras na de Unidade Democrática (MUD).
Domingo , a mais radical dos opositores, comandada por Leopoldo Ló, do Popular (VP), a deputada María Corina Machado e o prefeito metropoltano de Caracas, Antonio Ledezma, convocaram os venezuelanos a as ruas em assembleias permanentes que discutam uma saída para com o do presidente Nicolás . O de Ló, da campanha presidencial opositora de 2013, desafiou a liderana de Capriles, que, ao contrário de seus novos adversários, aceita dialogar com o Palácio Miraflores e aes que evitem atalhos e permitam uma mudana pacífica.
Ló e seus aliados esto organizando uma para o dia 12, que no com o respaldo de Capriles e de um setor da MUD, ao qual também pertence o secretário da aliana, Ramón Guillermo Aveledo.
- No estamos buscando atalhos ou saídas obscuras. O país está num e nossa obrigao é levantar-nos, porque, se no o fizermos, seremos corresponsáveis por essa tragédia - declarou Ledezma.
Até o final de 2013, Capriles era o comandante indiscutível da MUD. O governador do de Miranda foi o da campanha opositora nas eleies municipais de dezembro e decidiu, no que foi um por muitos analistas locais, a eleio num plebiscito a de . O abriu a crise na MUD: o obteve 43,78% dos votos, contra 38,86% da aliana opositora.
- Existe um de reviso na MUD, é necessário. Eles esto no seu , também temos o de com quem queremos política e qual é o que escolhemos - disse Capriles, que no escondeu a irritao pela atitude de dirigentes, Ló. - Tem gente que se senta do seu lado e atrás de voc, com faca em . Se no tivéssemos o esforo que fizemos em dezembro, teria sido terra arrasada.
No , o governador e o ex-prefeito do municí de Chacao, na Caracas, formavam uma dupla que parecia inseparável. Jovens, sedutores e com presena nos meios de comunicao locais, Capriles e Ló so vistos há anos duas das grandes promessas políticas do país. O governador foi o das primárias opositoras de fevereiro de 2012, e ento sua liderana tornou-se e hegemnica na MUD.
- Esto desafiando Capriles, que até era o único líder. No sabemos, ainda, qual será a reao da populao, até a postura mais conciliadora era mais - explicou ao Luis Vicente León, diretor da Datanálisis.
Segundo ele, nas primárias opositoras de 2012, os mais votados foram Capriles e Pablo Pérez, os dois mais conciliadores.
- A agudizao da crise econmica e as derrotas do ano podem o clima. Pode ser que o radical tenha mais seguidores, precisamos - comentou Vicente Léon.
de liderana sem eleies
Na viso de Carlos Romero, da Universidade da Venezuela (UCV), hoje existem trs posturas da MUD e da oposio em : os que querem s ruas e pensam num referendo ou até mesmo uma constituinte; os que defendem mudanas mais pacíficas e constitucionais, respeitando os prazos vigentes; e os que falam até em levantes militares.
- Estamos presenciando o mais difícil da MUD, e o que está por trás é a discusso o comando de Capriles - afirmou Romero, que considerou a campanha de Ló, María Corina e Ledezma desconectada do que pedem hoje os venezuelanos. - O quer , acordos, e setor vem com um inspirado no líder ucraniano Vitali Kltschko. A Venezuela no é a Ucrnia.
As divises da MUD so a melhor notícia que poderia , em a uma crise econmica que parece sem . O país fechou 2013 com inflao de 56%, a mais do continente e uma das mais altas do , e uma de produtos básicos.
O , apontou Vicente León, no desvia a ateno da os dramas econmicos, reduz a presso . O chavismo, dizem analistas locais, saiu fortalecido das eleies municipais de dezembro e tem um ano sem eleies pela . Já a oposio enfrenta o de a unidade por um período, sem a exigncia de uma campanha eleitoral.
A deciso de de opositores para um diá a crise de insegurana no país, após o da ex-Miss Venezuela Monica Spear, em janeiro, evidenciou divergncias que a MUD no consegue mais . Capriles aceitou em nome da pela dos venezuelanos.
- No podemos de braos cruzados, deixando que continuem matando gente... o de que o no sirva no impede que proponhamos nossas solues - explicou o governador, após o com .
Já a de Ló e da radical é rua e nenhuma aproximao com o chavismo.
- O tem o de se - afirmou o da VP.