China festeja com modéstia aniversário de Mao
PEQUIM A Tong Lingui fez uma de 400 quilmetros para visitar a estátua de Mao Tsé-tung erguida na cidade natal dele, Shaoshan. Nesse vilarejo no da China, distante de 1,5 quilmetros de Pequim, guias turísticos dizem que é se trs vezes do monumento para obter e prosperidade. E vendem de tudo: de íms de a retratos e pequenas estatuetas que imortalizam e quase santificam o líder chins, da República Popular da China.
- Eu adoro o Comandante Mao. Ele vai trazer sorte para o meu negócio - disse Tong ao uma estatueta.
Ironicamente, a espera que a imagem de Mao - o que aboliu a iniciativa privada na China - seja a bno que faltava para o sucesso de sua de antiguidades. A situao ilustra um paradoxo na -feira, quando o país comemorou os 120 anos do do líder equilibrando-se entre o , endeusada por milhes, e a parcimnia, necessária para levar adiante as reformas econmicas e a gradual s quais Mao certamente iria se se estivesse .
Em Shaoshan, milhares fizeram filas noite para o onde ele nasceu e a um espetáculo de fogos que teria durado quatro horas. Em Pequim, o presidente Xi Jinping e a cúpula do Chins (PCC) participaram de um no mausoléu da Praa da . Segundo a agncia estatal Xinhua, eles reverenciaram o corpo embalsamado e relembraram as conquistas gloriosas do Mao.
Analistas explicam o dilema do PCC: a cúpula do , empossada no ano , precisa o a Mao - a quem deve sua política - com o de que algumas das políticas maoistas tiveram consequncias desastrosas. E, também, com a de aprofundar as reformas econmicas para a economia em desacelerao, numa que já abraou o consumismo e já com uma gerao adulta nascida após a do líder .
Sem ou manchetes de
Apesar de o lado do maoismo para o , o de Xi deu de sua preocupao com as reformas. Um de gala no Salo do foi cancelado, assim as referncias a Mao desapareceram dos nomes da programao de concertos de músicas patrióticas. Na manchete do principal estatal, o Diário do , no havia meno aos 120 anos do Timoneiro, em 1976. O apareceu na página 7. Uma reportagem descrevia Mao um teó, revolucionário proletário, estrategista. , ao lado, um editorial dizia que a melhor de é levar adiante as reformas empreendidas pelos sucessores dele.
impossível a verdadeira influncia de Mao na atual chinesa ou até que seu determina as políticas do . Ele é criticado por sua política do Salto Adiante, um de medidas econmicas, sociais e políticas implantadas no final dos anos 1950 que, a uma série de catástrofes naturais, a seca, provocaram uma crise de em que matou até 30 milhes de pessoas - o número varia dependendo das fontes. Num a líderes do PCC, o presidente tentou o líder, admitindo veladamente seus erros.
- No devemos ou cobrar exigncias dos nossos antecessores baseados nas condies atuais, no nível de e entendimento; no devemos , que eles alcancem o que seus descendentes podem alcanar - afirmou Xi.
Nas redes sociais, a do parecia ocupada apagando toda crítica ao de Mao. , por um aplicativo de celular, o WeChat, analistas liberais faziam seus pontos de .
Para do de Mao deve-se menos: o silenciamento da opinio pública, um que será , a cooperao harmoniosa dos trs poderes do e a criao de uma de produo de condenaes injustas, escreveu Bao Tong, ex- do hoje em priso domiciliar.