Centenas de refugiados da Síria, Afeganisto e Iraque

Centenas de refugiados da Síria, Afeganisto e Iraque

Mensagempor DMadalena » Qui Out 17, 2013 06:17

Centenas de refugiados da Síria, Afeganisto e Iraque moram nas ruas de Calais, na Frana

CALAIS, FRANA - Calais tem de ser uma cidade exposta em a invasores. a lhe atribui méritos heroicos. No século XIX, Auguste Rodin esculpiu o imponente monumento Os burgueses de Calais para a memória de seis notáveis que se entregaram aos ingleses para os habitantes do em 1347. A cresceu em 1944, quando 3.800 soldados resistiram ao assalto das divises Panzer durante um ms. Hoje, a cidade francesa mais próxima do - 34 quilmetros - se transformou em uma e demolidora metáfora da traio da Unio Europeia aos seus valores fundamentais de humanismo, e solidariedade.

metros da de Calais, entre dunas e arbustos aoitados gélido vento do Noroeste, está A , um precário onde vivem dezenas de refugiados da do Afeganisto. Perto do porto em que atracam as enormes balsas que voam o da , jovens sírios se protegem do em 13 barracas que resistem ao . No , uma ocupada abriga 80 eritreus; e um de 15 sorridentes sudaneses veio de nibus para os lanches distribuídos pela ONG Secours Catholique na .

Segundo estimativas da ONG Médicos do e da Cáritas, há 500 vítimas civis de perseguies e guerras vivendo nas ruas desta cidade de 75 habitantes. So quase todos homens jovens.

- Curdos, paquistaneses, afegos, somalis ou eritreus, todos viveram histórias parecidas. Fizeram um minuto de silncio pelas vítimas de Lampedusa - Cécile Bossy, da Médicos do .

Todos chegaram última da Europa após o Mediterrneo e a Unio Europeia, seguindo as duas rotas possíveis: Egito, Turquia, Grécia, Itá, Frana; ou Hungria, Áustria, Itá e Frana. O sírio Mohamed, de 25 anos, que há alguns meses estudava Economia na Universidade de Damasco, resume sua :

- Am, Cairo, Siracusa, Catnia, Milo, Ventimiglia, Paris, Calais. , Alá vai .

No posso 30 metros sem a polícia atrás de mim

Apesar das condies sub-humanas, os expatriados no perdem o humor nem a hospitalidade. Recebem visitantes em suas barracas entre risadas e piadas, oferecem o que tm - tabaco e biscoitos - e contam suas histórias com e .

Alguns estudaram e falam ingls ou francs, Jacob e Mohamed, há também um pedreiro de Deraa - cidade síria onde comearam os protestos contra o -, um que era policial em Aleppo e desertou, e vários rostos silenciosos que preferem com sorrisos.

Mohamed que perdeu seu beb de trs meses em um das tropas de Assad e ficou por trs semanas por uma entrevista BBC.

- minha famí se dispersou e cada um saiu da Síria pde. Minha e minha me esto na Turquia; meu e meu irmo, em Londres. Esta maldita nos destruiu, e no posso 30 metros sem que a polícia venha atrás de mim.

Os dentes branquíssimos do afego Zandal, de 28 anos, em Cabul, contrastam com a da . Disse que está há oito meses dormindo e há oito anos vagando pela Europa.

- Meu irmo era intérprete das foras italianas e os talibs lhe cortaram o pescoo. No posso . para a Inglaterra de toda noite, os cachorros ganham. Já sabemos superar o controle dos scanners tapando unhas e dentes, esses malditos cachorros ingleses nos cheiram e falham. E continuamos , no paraíso... A Europa nos tirou tudo, e nos trata criminosos.

mais rápido no

O objetivo de quase todos os refugiados que vagam por Calais, Dunquerque e Saint-Omer é conseguir político no , explicam Cécile e seu Mohamed, que trabalham há um ano nestes locais em que a Unio Europeia soa sarcasmo.

- Alguns tentam obter na Frana, a burocracia pode até um ano e - diz Cécile.

Segundo Mohamed, Londres decide em dois meses e dá e no período.

- No há abrigos na Frana. Os refugiados sofrem uma contínua violncia institucional: enquanto Hollande em a oposio a Assad e a Síria, a polícia os refugiados em Calais.

em 2003 pela UE, o regulamento Dublin II define que os países que permitem a de refugiados de devem de seus pedidos de .

- O problema é que todos os fugidos do Médio entram na Europa por Itá ou Grécia, dois dos países menos acolhedores, e muitos preferem fugindo - diz Cécile.

Após meses sem avanar ou , 60 jovens sírios subiram em uma passarela do porto de Calais e iniciaram uma greve de na semana .

- Por que no nos deixam onde queremos ? - Shukan, o pedreiro de Deraa.

No dia de greve, Paris reagiu: prometeu tramitar seu de e fez com que funcionários do fossem a Calais. Dois jovens que tm famí em território britnico podero o da legalmente. Os interromperam a greve e continuam esperando para a ilegalmente.

- Nos tratam animais na Frana. No temos confiana - diz Shukan.

Os refugiados continuam chegando, apesar de um : Paris deu político a 380 sírios em 2012 e rechaou 90% dos 61.400 pedidos recebidos. A soluo so as máfias. Mohamed, o ex- de Economia, que pagou 3 pela de entre Egito e Sicí. , deu libras a uns caras que garantem a travessia do .

- Já tentei vezes, no tive sorte.

Outros, com menos recursos, escolhem a pé o túnel do Eurostar, o trem de Paris-Londres. As ONGs definem as mortes ocorridas neste com um tecnicismo que funcione metáfora da Europa: por aspirao.

DMadalena
 
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