Um ano depois, presidente normal afunda nas pesquisas france
PARIS Há de um ano, em 15 de maio de 2012, Franois Hollande pisava no no pátio de do Palácio do Eliseu para assumir a Presidncia da Frana no de Nicolas Sarkozy, a quem acabara de derrotar nas urnas. Bastaram 12 meses no para que o socialista o presidente da mudana sentisse o peso e as armadilhas do num país em graves dificuldades, imerso numa Europa em profunda crise econmica. Sua de popularidade sofreu uma eroso de 38 pontos percentuais: de 62% de opinies áveis, em maio do ano , para 24% , segundo as últimas pesquisas. Nenhum outro presidente da chamada 5 República (instituída em 1958) registrou uma to acentuada no primeiro ano de seu .
Criticado no político esquerda , motivo de decepo para simpatizantes do próprio Socialista, Hollande á mais quatro anos de para melhorar a sua imagem, reconquistar a confiana dos franceses e as suas promessas de campanha. O político Daniel Boy, do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences-Po), relativiza o desempenho presidencial opinio pública. Segundo ele, a de do é bastante reduzida, e presidente que estivesse no comando sofreria as consequncias provocadas atual cenário de crise econmica.
- No vejo quem poderia estar desta vendeta popular numa to difícil a de hoje - avalia Boy. - Hollande o preo do . o que mais surpreende é a do . Nenhum outro presidente enfrentou isso tudo em um to .
Os números falam por si. Em maro, o índice de desemprego subiu 23 ms no país, alcanando o recorde de 3,2 milhes de trabalhadores sem (10,8%). Ao assumir a presidncia, Hollande prometeu a curva de do desemprego até o final deste ano, o que é misso quase impossível para a maioria dos economistas.
Ainda nos primeiros dias de seu , o presidente contestou o de europeu liderado pela chanceler alem Angela Merkel, e defendeu a adoo de políticas de ao para a crise. O oramentário, no entanto, no pde ser excluído do receituário de sua política éstica, e as medidas em do ainda no se fizeram sentir. Para 2013, o prev um da economia de 0,1%. Nas últimas semanas, alguns socialistas elevaram o das críticas s políticas europeias ditadas por Berlim, e o teve de entrar em para os nimos mais exaltados.
Atrás de Sarkozy e da extrema-
No nível internacional, Hollande surpreendeu ao intervir militarmente no Mali, sem o bélico de outros países, para que rebeldes radicais islmicos controlassem o país africano. A operao lhe proporcionou durante duas semanas um reforo de dois a trs pontos percentuais áveis nas pesquisas de opinio, para o dos índices de insatisfao. No mbito , para no o homossexual enfrentou uma intensa e por vezes violenta nas ruas, protagonizada por milhares de manifestantes descontentes. da exemplaridade ética do , o presidente foi ainda a se e a no da fiscal confessada por seu ex-ministro do Oramento Jérme Cahuzac, que possuía uma bancária no exterior no declarada com um saldo de 600 .
Já o estilo de do do Palácio do Eliseu também tem sido questionado. Na clara inteno de se ao midiático Sarkozy, Hollande se autoproclamou um presidente , prometendo a separao entre o público e o , maior ao diá e menos demonstrao ostentatória de . Para Daniel Boy, a Presidncia foi uma boa que se tornou um problema:
- Os franceses estavam fartos do presidencial de Sarkozy, e Hollande tentou a uma expectativa da . Hollande defendia mais e a consulta aos diversos grupos sociais. neste período de crise se exige e um presidente que tome decises fortes e rápidas.
As eleies municipais e europeias de 2014 apontam para uma certa do Socialista, que hoje com a maioria absoluta na . A , da líder de extrema- Marine Le Pen, da situao ao o dos descontentes. Já Sarkozy opera nos bastidores visando um eventual cena política. Se o pleito presidencial para 2017 fosse hoje, as pesquisas de opinio indicam que haveria um segundo turno entre Sarkozy e Marine Le Pen, com Hollande em terceiro .
O atual presidente, no entanto, mantém suas convices. Apelou para a coerncia e a unidade do - sacudido por desavenas entre ministros - e prometeu as reformas para que os primeiros resultados concretos possam a do segundo ano de seu , que se inicia nesta quarta-feira.
- Um ano é , quatro anos no so longos - alertou, ao que vai ofensiva.