A guerra doméstica dos EUA

A guerra doméstica dos EUA

Mensagempor PRafael » Qua Ago 20, 2014 04:16


Policiais prendem manifestantes em Ferguson: quase duas semanas de protestos e confrontos
- Curtis Compton / AP

WASHINGTON O do Michael Brown, de 18 anos, por um policial na Ferguson, nos subúrbios de St. Louis, Missouri, despertou a frustrao e a indignao de toda uma , que se sente sistematicamente perseguida pelas foras policiais e está há dias nas ruas em protesto. Na semana , nos momentos mais tensos, passeatas viraram confronto, com a polícia utilizando veículos e indumentária típicos das guerras, lanando sinalizadores e gás lacrimogneo no e rifles miltares para a multido. Brown, descobriu-se na segunda-feira, levou seis tiros, dois deles na cabea, de , o que sugere resposta excessiva e bruta do Darren Wilson. As perguntas foram inevitáveis das cenas e do . Que fora de segurana é esta em Ferguson? A polícia de uma cidadezinha ou o Exército?

O que se viu nesta de 20 habitantes, muitas vezes com transmisso ao pela TV, é uma silenciosa, e inversamente perniciosa, da polícias americanas. Nas últimas quatro décadas, que foi iniciada ex-presidente Richard Nixon a chamada s drogas, as foras de segurana das cidades e dos condados se miltarizaram para caar gangues e traficantes. Ganharam trao com a ao .

Nos quartéis-generais das polícias, acumularam-se rifles, metralhadoras, equipamentos móveis, granadas, uniformes camuflados. de 500 departamentos locais receberam ao menos um veículo tanque resistente a bombas, os usados no Iraque e no Afeganisto, nos últimos anos. O patrocina estas aquisies, por intermédio de trs programas, que vo do repasse de equipamentos sobrando no Pentágono ao desembolso de verba oramentária para melhoria da segurana pública.

Para arsenal, a de policiamento mudou. Houve a proliferao das foras táticas especiais, as Swats. Criadas para com situaes de emergncia, barricadas, ocorrncias com reféns, atiradores e ameaas de , elas esto cada vez mais presentes no dia a dia do policiamento, realizando operaes de mandado de e apreenso 79% dos acionamentos s Swats em 2011 e 2012. praticamente o mesmo que o Batalho de Operaes Especiais (Bope) da PM para de um juiz numa residncia do Rio.

O é . A Swat em chega com o pé ou veículos na porta, joga bombas de fumaa, quebra vidros, móveis, paredes; ignora a presena de crianas e idosos, circula aos berros com rifles M-16; agride com frequncia, asim , infelizmente, também atira. Muitas vezes . Tudo isso por , na maioria dos casos, de suspeita de venda de drogas. Comunidades negras e latinas sofrem com as batidas desproporcionalmente.

O de um time da Swat para um mandado de essencialmente implica em de táticas paramiltares para investigaes criminais, afirmou a Unio Americana para Liberdades Civis (Aclu, na sigla em ingls), que divulgou ano a miltarizao da Polícia nos EUA. Operaes da Swat, e desnecessariamente, empregam de táticas e equipamentos violentos, o que eleva, comprovadamente, as leses corporais e os danos a propriedades (...) E o de táticas e armas paramiltares impactam primeiramente as pessoas de cor.

O treinamento dos policiais, neste contexto, também mudou. De com dados oficiais compilados Departamento de Justia, a maioria dos recrutas da Polícia nos últimos anos recebe treinamento em academias com pesada orientao , preparando os futuros agentes da para . A militarizao do policiamento americano é no treinamento recebido, que os encoraja a adotar uma mentalidade de e aqueles a quem supostamente deveriam servir inimigos, diz Aclu.

O próprio Departamento de Justia questiona, em trecho de relatório reproduzido pela Aclu: O é o mecanismo para os recrutas a a confiana da e parcerias com os cidados, de a solucionar crimes e problemas relacionados pública?

No é ser em segurana pública para da resposta dos experts. Se a polícia está em posio de confronto, em vez de , supervisionar e , ampliam-se as ocorrncias de abusos de , violaes de direitos e o de violncia. A parceria é substituída facilmente pela intimidao. O vira . A colaborao desaparece e reina a desconfiana. Os cidados se sentem desprotegidos, porque se sentem permanentemente suspeitos. E a própria segurana pública é ameaada.

é o contexto no qual a populao de Ferguson, majoritariamente negra, se diz inserida. Esto cansados de verem trabalhadores sofrerem revistas sem motivo , jovens serem humilhados, pais de famí serem tratados com desconfiana e uma inteira no se sentir representada e ouvida. Menos de 10% dos policiais do subúrbio so afro-americanos e as foras no conseguiram uma ouvidora que funcione de ruídos com a , nas áreas mais pobres e mais oprimidas.

Ferguson é uma cidade . Asim centenas de outras nos quatro cantos americanos, dos holofotes ligados pelas tragédias. Juntas, elas compartilham experincias que dia após dia rasgam o dos EUA e diminuem a admirada e admirável democracia americana.

PRafael
 
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