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Novo gás no mercado internacional

MensagemEnviado: Sáb Abr 19, 2014 11:42
por MJose

WASHINGTON, PITTSBURGH e RIO - Enquanto o Brasil dá os primeiros passos para a explorao de seu gás no convencional (shale gas, encontrado em outros tipos de rochas que no as tradicionais), os EUA já se preparam para comear a exportar de sua produo no próximo ano. Os investimentos so vultosos: os recursos somam menos US$ 35 bilhes com a inaugurao das primeiras estaes de liquefao (GNL, gás na líquida) e de gasodutos para Canadá e México. Para especialistas, essa , que tem potencial de preos no mercado internacional e a posio energética dos EUA, deve forar países o Brasil a políticas de ao consumo do gás.

A estimativa é que nos próximos quatro anos os EUA exportem 150 milhes de metros cúbicos de gás por dia em líquida, diz a consultoria Gas Energy. O número é maior que todo o consumo médio do Brasil, de 90 milhes de metros cúbicos diários. Com os investimentos americanos a , o de pesquisas Wilson Center, de Washington, acredita que os EUA se tornaro exportadores líquidos de gás (vendero mais do que compraro) entre 2019 e 2020. A expectativa se baseia no atual de aprovaes do para a construo de terminais de GNL que possam exportar. Hoje, os EUA só podem vender gás e petróleo s 20 naes do de Comércio (FTA, na sigla em ingls).

Professores da Carnegie Mellon University (CMU), de Pittsburgh, lembram que as discusses em torno das exportaes de gás ganharam fora com a crise entre Rússia e Ucrnia. Há uma expectativa de que o americano agilize a concesso de licenas para a exportao, proibida os anos 70.

Há muita demanda por gás no . O de as aprovaes do americano estarem sendo feitas ocorre porque há uma discusso no Obama se é melhor exportar o gás ou esse para os preos baixos nos EUA. Eu, quando estava no , dizia que fazia aproveitar os preos no exterior para exportar. O dos mercados emergentes é suficiente para os preos atrativos explica Granger Morgan, do Departamento de Engenharia e Política Públicas da CMU.

O gás nos EUA hoje é vendido por de US$ 4 por milho de BTUs (unidade internacional do ). Com a exportao, o gás americano á em de US$ 10 por milho de BTUs, diz Tavares, presidente da Gas Energy. O será menor que no Brasil, hoje em torno de US$ 12 por milho de BTUs, e em países da Ásia, entre US$ 14 e US$ 15. Asim, dizem os especialistas, o Brasil onde há uma perspectiva de que as reservas de gás dobrem até 2020, tornando-se um do produtor mundial vai o de seu para competitividade e neutralizar o shale gas barato dos EUA.

Hoje, o Brasil importa de 20 milhes de metros cúbicos de GNL por dia para atender as usinas termelétricas. temos o pré-sal e o gás em terra. Vamos gás para ser consumido e vamos ser competitivos para um de extrao . Para isso, é uma política para o desse gás. Temos reservas que precisam ser desenvolvidas, assim a logística. a participao da Petrobras na distribuio Tavares.

Ducan Wood, diretor do Wilson Center, diz que o Brasil perdeu para as licitaes de petróleo e gás, paradas entre 2008 e 2013:

Há cinco anos, tudo era o Brasil. Falava-se que o México era ; e o Brasil, . Hoje, o Brasil é ; e o México, . O Brasil desapontou o mercado com o leilo de Libra, no de (produo dividida com o ). Acho que o Brasil tem que repensar o .

Há, em jogo, uma quantidade de gás a . Só as reservas de shale gas nos EUA tm durao de 59 anos, com o atual de produo, diz Anne-Sophie Corbeau, em gás da Agncia Internacional de (AIE). Ela lembra que o shale gas responde por 23% das reservas totais de gás. Para a AIE, a exportao dos EUA abre para uma maior segurana energética global.

* O repórter viajou a do Consulado dos EUA no Rio de Janeiro.