RIO, BRASLIA E SO PAULO Após anos de , o comércio e os servios esto perdendo a fora e a de o (PIB, de bens e servios produzidos no país) a fraca atividade da indústria. da Confederao do Comércio (CNC), ao qual o teve com exclusividade, prev de 4% nas vendas do varejo em 2014, que, apesar de a expectativa de da economia próximo de , é o mais dos últimos 11 anos.
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Os números divulgados na sexta-feira IBGE mostram que com o PIB de -0,6%, o comércio encolheu 2,2% no segundo trimestre em relao ao trimestre anterior, a maior o de 2008, ápice da crise financeira mundial. Os servios caíram 0,5%, o maior recuo o início de 2013. Um desses números está nas vitrines de shoppings e lojas da cidade, onde as liquidaes se multiplicam e no seguem mais calendário, numa do varejo de a nas vendas e estoques.
A liquidao é que so elas, nome sugestivo da ao que comeou na -feira e vai até o próximo domingo em Botafogo Shopping, Shopping Boulevard e Shopping América, reflete a situao enfrentada comércio. tradicionalmente esta no é época de promoo, a Ancar Ivanhoe, responsável pelos shopping, investiu R$ 150 para uma liquidao só para mulheres (embora as lojas de artigos masculinos também possam participar), com aes de , que incluem modelos vestidos de príncipe , buscando as consumidoras com sapatinhos na mo, e consulta de tar grátis para quem mais de R$ 100.
um ano atípico, com do , eleies. Veio com uma configurao adversa. A gente está tendo um maior para o de , vem investindo em promoes diversas, no estamos conseguindo nos últimos anos. No está fácil para ninguém, no é exclusividade nossa, estamos mantendo a média, precisamos e aes essa. uma liquidao totalmente fora de época. calendário tradicional, só faríamos liquidao em janeiro diz Andrea Gusmo de Marketing Corporativo da Ancar Ivanhoe.
Preo de sapato cai de R$ 219 para R$ 9
Aes semelhantes esto acontecendo em outros grupos de varejo. De amanh até o dia 7, NorteShopping, Plaza Shopping, Plaza e outros shoppings do BRMalls fazem liquidao em lojas de sapatos e bolsas. Entre os destaques, uma ankle boot da Cris Roberto passou de R$ 218 para R$ 9. Já o RioSul decidiu no ano sua tradicional liquidao, o Barato Carioca, e a lojas mantiveram promoes por um período maior que o de .
As liquidaes no so mais rígidas e sazonais, o calendário das lojas é e em torno das colees. Fica difícil coordenar as liquidaes do shopping afirma, Marcio Werner, do RioSul.
Na mesma , o BarraShopping, que costuma duas liquidaes do Lápis , uma em janeiro e outra em junho, desistiu de a do do ano, tem uma série de lojas com preos promocionais.
Setembro no seria de liquidaes e ao menos uma em cada quatro lojas do Rio, está liquidando, no só nos shoppings, também nas lojas de rua. O é o efeito , as placas ficam o ano e perdem a credibilidade e a de o consumidor. O seria uma liquidao em janeiro para vender o que sobrou do Natal, outra do inverno e, no máximo, uma antes de entrar o inverno diz Daniel Plá, de varejo da Fundao Getulio Vargas.
de uma Uatt, especializada em presentes criativos, Guilherme Rodrigues aposta na liquidao para os fracos resultados deste ano.
Julho foi o pior ms de vendas, com de 25% em relao ao mesmo período do . Além disso, a comeou no Dia dos Namorados, que é uma data fortíssima. A projeo era extrapolar os resultados de 2013, também houve . No Dia das Mes, ficamos de 6% , para a o ano estava indo, até surpreendeu. Estávamos esperando até menos .
Para o consultor Marcos Gouva de Souza, diretor- da GS&MD Gouva de Souza, houve um impacto no varejo nos meses de junho e julho, efeito da , a reduo nas vendas á por da na confiana do consumidor, no dependendo do nível de , e da de cré:
Agosto mostrou uma melhora. no do ano e daqui em , o consumo será menor.
Para o ex-diretor do Banco (BC) Carlos Thadeu de Freitas, os juros so os principais responsáveis pelas perdas do comércio e servios. Ele explica que a média cobrada das pessoas físicas está 8,4% mais do que há um ano. Descontada a inflao do período, isso significa que, em termos reais, os juros aumentaram 2,5%, que também é quanto subiram os salários.
O comércio e os servios vinham sendo sustentados por esse de das famílias, que foi comido pela dos juros. O comércio ainda vai com de 3,5% a 4%, porque até o do ano, os preos dos vo e espao no oramento explica.
Cré é o vilo
Esse recuo dos , prev Freitas, também pode o Natal a ser, menos, ao do ano .
no será um Natal de bens duráveis que dependem de cré, será de vendas de vestuário e , porque, menos até onde a alcana, no há nenhuma expectativa de reduo das taxas de juros.
Pelas estimativas da CNC, o Natal, data mais do ano para o comércio, á R$ 32,5 bilhes em 2014. Se , o número á de 3% da inflao na comparao com as vendas de 2013, também uma desacelerao, porque no ano a expanso foi de 5,13%.
O economista da CNC Fábio Bentes afirma que, se no ano o vilo do comércio foi a inflao , neste ano o problema está no cré cada vez mais . Segundo o BC, a média cobrada das pessoas físicas pelos bancos com recursos livres (que as instituies financeiras tm liberdade para emprestar) está em 43,2% ao ano. o maior patamar que o BC comeou a os dados, em maro de 2011.
A no sapato do comércio tem sido o cré. A inflao está desacelerando, o juros esto ficando mais altos. No há de nem diminuio de preos que compense esse encarecimento do cré diz.
Pelas projeo da CNC, o do comércio ano só no á do registrado em 2003, quando as vendas recuaram 3,7% na comparao com o ano anterior. Em 2013, o avano foi de 4,3%.
A maioria dos segmentos do varejo á desacelerao nas vendas. No de bens duráveis, o é de 5,9% ano, 7,2% em 2013. No de móveis e eletrodomésticos, á uma acelerao: de 5,6% ano, na comparao com um de 4,9% no ano .
As vendas em supermercados crescero 4,5%, de 1,9% no ano . A comercializao de artigos farmacuticos, médicos e ortopédicos á 6,6%, menos que os 10,1% registrados em 2013.
Luis Augusto Ildefonso, diretor de Relaes Institucionais da Associao Brasileira de Lojistas de Shopping, afirma que, no início do ano, empresários de grandes redes varejistas de shopping, esperavam de 8% nas vendas. No de julho, a caiu para entre 5% e 6%.
Além do cenário econmico atual e das taxas de juros mais elevadas, há uma reteno de compras por do consumidor. A do para está baixa, e o nimo do lojista caiu observa.