Para escapar crise, Sul da UE se muda para Alemanha

Para escapar crise, Sul da UE se muda para Alemanha

Mensagempor xx_ira_xx » Seg Jun 10, 2013 12:42

BERLIM Num hábito berlinense, a espanhola Esther Vidal, 32 anos, pedala até o , um restaurante italiano onde serve mesas de duas a trs vezes por semana, até que tenha mais segurana em seu outro , o de designer autnoma. Ela para no e, em alemo, cumprimenta clientes de um restaurante mexicano, seu primeiro em Berlim, há dois anos. Trabalhava seis dias por semana. Foi um duro, comeo para quem passara dois anos procurando em seu país.

Tive depresso, vi que após anos teria que para a dos meus pais. No queria vir, era minha única saída. Foi se meu próprio país tivesse me expulsando diz ela, que, formada em engenharia industrial, perdeu o numa empresa de solar em Alicante, em 2008, e decidiu mestrado em design.

de Esther, mais espanhóis chegaram Alemanha. E portugueses, gregos e italianos. Os dados da imigrao, divulgados em maio, revelam que, em 2012, a Alemanha recebeu o maior número de imigrantes 1995: foram 1,081 milho de entradas oficiais, 966 delas de estrangeiros. de dois teros so da Unio Europeia (UE). A imigrao do Europeu é a maior em números absolutos. , percentualmente, é do , dos países mais atingidos pela crise econmica, que veio o mais : da Espanha entraram 45% a mais em relao a 2011; de Grécia e Portugal, 43% a mais cada; e da Itá, 40%.

Considerando-se os que saíram do país, a Alemanha teve um saldo de 369 imigrantes, sobretudo jovens e qualificados, o que tem sido por da mídia e dos políticos alemes, devido ao déficit de mo de . Na semana , a ministra do da Alemanha, Ursula von der Leyen, assinou em Madri um para cinco jovens espanhóis em quatro anos, em cursos de formao ou empregos. Na Espanha, o desemprego dos jovens com menos de 25 anos chega a 56%, só sendo superado na UE pela Grécia, com 64%. Na Alemanha, so 7,6%.

ltima foi nos anos 90

Para o Herbert Brcke, do Instituto de Mercado de e Ocupacional, o tem benefício . Por um lado, supre a de mo de na Alemanha segundo a Organizao de Cooperao e Econmico (OCDE), em 2020, o país á 40% menos gente entrando no mercado de do que se aposentando. Por outro lado, alivia os custos sociais nos países em crise, sem de de cérebros.

Foram 72 imigrantes de Grécia, Portugal, Espanha e Itá em 2012. No é um número dada a de desemprego desses países. Eles vo se beneficiar mais com a emigrao afirma Brcke.

O , porém, é que a Alemanha, que 2000 tem facilitado a imigrao altamente qualificada, reforce a diviso entre migrantes desejados e indesejados, mesmo entre os europeus. As duas últimas ondas de imigrao ao país foram na década de 1990, após a dos Bálcs e a reunificao alem; e dos anos 1950 aos 1970, com os trabalhadores convidados no pós-, sobretudo do da Europa e da Turquia.

Foi nesta época que o tio da portuguesa Claudia Sousa chegou a Kaiserslautern, no sudoeste da Alemanha. Seu era para Portugal, ele e a se aposentaram em terra estrangeira. Já Claudia, de 24 anos, no se imagina voltando. Em Berlim agosto de 2012, conseguiu num escritório de arquitetura em duas semanas. Era recém-formada em planejamento no Porto, onde fez estágio no remunerado na Cmara Municipal.

No fiz em nove meses, porque no havia projetos. Eles queriam que eu ficasse, sem salário. a crise é desculpa para no ninguém. Sinto que escapei no diz Claudia.

O italiano Giovanni Coscia, 31 anos, de Claudia, tem a mesma sensao. que deixou Florena, em 2010, a situao em seu país piorou: o escritório onde trabalhava fechou e os impostos subiram. Para os arquitetos, o maior é a língua, ambos avanam com aulas. No início de 2013, o Ministério do alemo lanou um programa de 139 milhes para financiar cursos de em países da Europa e estágios na Alemanha. muitos aprendem alemo nos intercmbios universitários da bolsa Erasmus, da UE, que beneficia de 200 estudantes por ano.

Foi Erasmus que o Pablo Barbero, de 27 anos, passou um ano em Bamberg, no da Alemanha. Mesmo já , fez seis estágios em Madri, que pagavam até 300. Chegou a Berlim em setembro de 2012 e, após trs meses de estágio na TV alem Deutsche Welle, foi produtor do em . Pela primeira vez saiu da dos pais e hoje divide apartamento com uma espanhola.

A situao na Espanha é lamentável. Quando meus amigos tm é na Zara, no Carrefour. Quem no saiu do país mora com os pais diz ele, que s vezes escreve para o El . Na Espanha se pensa que tudo é fantástico, também há precário.

Berlim, de , no é a Alemanha. A de desemprego na é de 12,4%, cinco pontos percentuais da média . Berlim, porém, é mais barata do que as grandes cidades europeias. A italiana Bárbara Savarino, 37 anos, chegou no início de maio e mora num apartamento de 400. Em Roma, o aluguel no era menos de 800, ela vivia com a me e a irm, de 42 anos. Recebia 8,33 por hora num hotel de , com diário a cada dia era informada de seu turno seguinte. Em trs dias em Berlim, com alemo iniciante, tinha um mensal no mesmo restaurante de Esther: 7 por hora, mais gorjetas. No é , diz, ela está sorrindo de .

Esther, aos poucos, diminui o no restaurante, que abandone do vero. Já consegue da empresa de design que criou com o , e acaba de dois projetos com uma empresa alem. que chegou, recebe e-mails de espanhóis perguntando qual é a fórmula mágica:

No é to . fácil se de garom. Muita gente perde o objetivo em Berlim, no aprende a língua e os alemes por tudo.

O rancor com os alemes também era do cotidiano do Nikias Karoulis, é com seus conterrneos que ele se ressente. na Alem de Thessaloniki, entrou em 2012 para a Universidade Técnica de Berlim, onde estuda Proteo Ambiental:

Já protestei , hoje se vai a manifestaes para lojas. Nossa crise dura 40 anos. No dá mais para tanta corrupo.

xx_ira_xx
 
Status: Offline
Mensagens: 83
Registrado em: Seg Abr 04, 2011 03:26

Voltar para Economia

Quem está online

Usuários navegando neste fórum: Nenhum usuário registrado e 14 visitantes

cron
Política de Privacidade