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"Por uma vida melhor" ?!?

MensagemEnviado: Sáb Mai 28, 2011 02:29
por AFabia
A espertocracia

educacional

Machado de Assis, mulato,

gago e epilético, um dos

mais ilustrados e respeitados

cultores do idioma pátrio,

conseguiu de modo

exemplar unir o erudito ao

popular. Em seus irretocáveis

escritos, ensinava que a

democracia deixa de ser

uma coisa sagrada quando

se transforma em espertocracia

o governo de todos

os feitios e de todas as

formas. Já de Rui Barbosa,

pequena estatura, advogado,

diplomata, político e jornalista,

cujo nome está inscrito

nos anais da história

do direito internacional, pode-

se extrair uma singela lio

de seu celebrado patrimnio

intelectual: A musa

da gramática no conhece

entranhas.

Pois bem, esses dois curtos

arremates dos renomados

mestres de nossa língua

escrita e falada vm a calhar

neste momento em que a

perplexidade assoma ante a

barbaridade patrocinada pelo

Ministério da Educao

(MEC), de uma nova gramática,

cuja autora assim

ensina: Os livro ilustrado

mais interessante esto emprestado;

como frase adequada

linguagem oral, está

correta ao ser usada em

certos contextos.

Analisemos as questes

suscitadas pela obra Por

uma Vida Melhor, a comear

pela indagao filosófica

que se pina do título da série.

Terá uma vida melhor o

estudante que se obriga a

aprender numa gramática

alternativa, onde a norma

popular se imbrica norma

culta? Ou, para usar a expresso

da professora Heloísa

Ramos, autora do livro,

sofrem os alunos que escrevem

errado preconceito linguístico?

Primeiro, é oportuno lembrar

que, mesmo concordando

que a língua é umorganismo

vivo, evolutivo,

no se pode confundir uma

coisa com a outra, a forma

oral e a norma escrita. Cada

compartimento deve ser

posto em seu devido lugar.

Quem troca uma pela outra

ou as junta na mesma gaveta

gramatical o faz por alguma

inteno, algo que ultrapassa

as fronteiras linguísticas.

Como se pode aduzir,

embute-se na questo um

viés ideológico, coisa que se

vem desenvolvendo no país

na esteira de um populismo

embalado com o celofane

da demagogia.

Ora, os desprotegidos, os

semianalfabetos, os analfabetos

funcionais, enfim, as

massas ignaras no sero

elevadas aos andares mais

altos da pirmide se lhes for

dada apenas a escada do

pseudonivelamento das regras

do idioma. Esta é, seguramente,

um meio de ascenso

social. Mas seus usuários

precisam entender que

a chave do elevador está

guardada nos cofres normativos.

Por que tanto esforo

para defender uma feio

que valida erros grosseiros?

No há outra resposta: ideologizao.

Imaginam o uso da língua

como arma revolucionária.

O sentimento que inspira

os cultores da ignorncia

só pode ser o de que, para

melhorar a autoestima e ter

uma vida melhor, a populao

menos alfabetizada pode

escrever como fala. Como

se a gramática normativa

devesse ser arquivada para

dar lugar gramática descritiva.

O grande Rui bem que

profetizara: A degenerao

de um povo, de uma nao

ou raa comea pelo desvirtuamento

da própria língua

Gaudncio Torquato, jornalista, é
professor titular da USP

"Por uma vida melhor" ?!?

MensagemEnviado: Sáb Mai 28, 2011 03:42
por jouzu
Legal

:D

"Por uma vida melhor" ?!?

MensagemEnviado: Sáb Mai 28, 2011 04:19
por MLeonardo
muy grande

"Por uma vida melhor" ?!?

MensagemEnviado: Sáb Mai 28, 2011 04:57
por nambrosio
Oi podocarpo,

Pois é.

O professor escreve muito bem.

Um abrao,

"Por uma vida melhor" ?!?

MensagemEnviado: Sáb Mai 28, 2011 05:46
por IBeatriz
Esta cartilha que o MEC pretende lanar no serve nem pra limpar os anais da história.

rs

Abraos

"Por uma vida melhor" ?!?

MensagemEnviado: Sáb Mai 28, 2011 06:33
por cfelicidade
la pregunta és una afirmacion?

"Por uma vida melhor" ?!?

MensagemEnviado: Qua Jun 15, 2011 02:41
por axawxotinb
No meu entender, é a maior discriminao já feita a um povo. como se o MEC dissesse, vocs so burros, jamais vo aprender nada mesmo, ento escrevam como falam e pronto. Assim fica mais nítido quem tem e quem no tem instruo. bjs