Porque os EUA no intermediaram a crise da Cisplatina (1825 a

Porque os EUA no intermediaram a crise da Cisplatina (1825 a

Mensagempor lobevoyena » Sáb Jun 02, 2012 10:22

Porque os EUA no intermediaram a crise da Cisplatina (1825 a 1828)?

Sabemos que os Estados Unidos reconheceu a independncia do Brasil através da " Monroe", no qual, essa no aceitava intervenes de países europeus nas naes da América. Partindo desse , eu fico com uma :

Por que os Estados Unidos deixaram a Inglaterra intermediar o da Cisplatina ( que resultou na independncia do Uruguai), sabendo que eles por da Monroe no deixariam nenhuma nao européia intrometer nos assuntos da América?
E por que os Estados Unidos no assumiram o papel de intimidador?
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Porque os EUA no intermediaram a crise da Cisplatina (1825 a

Mensagempor CRafael » Dom Fev 10, 2013 06:58

Cara,

A Inglaterra era a maior potncia econmica e militar do mundo naquela época, os EUA era apenas uma potncia emergente (algo equivalente ao que China é hoje).

Os americanos ainda estavam muito longe de exercer a influncia política e econmica que exercem atualmente.
CRafael
 
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Porque os EUA no intermediaram a crise da Cisplatina (1825 a

Mensagempor CTristão » Dom Fev 10, 2013 09:57

De um lado, as elites de Buenos Aires queriam o estabelecimento de um Estado nacional forte e centralizado. Do outro lado, as elites de províncias distantes da capital lutavam por federalismo e autonomia.
buscavam também resgatar a unidade do antigo vice reinado do rio do Prata, em outras palavras procuravam a anexao do Uruguai a argy. As pretenses no eram pequenas, pois na realidade queria ele um pais que controlasse toda bacia platina. Naquela época a disputa pelo controle da navegao e do comercio na regio platina, era provavelmente o mais importante conflito latente, envolvendo


O Estado paraguaio visava, ao apoiar Aguirre e o partido Blanco Uruguaio, controlar indiretamente o estuário do Rio do Prata. Quando o Brasil e a argy se negaram a permitir a intermediao paraguaia no Uruguai e recolocaram os Colorados no poder. Solano Lopez determinou a invaso do norte da argy e da província do Mato Grosso no Brasil. Estava iniciada a guerra.
Brasil, argy e Uruguai firmaram uma aliana militar. Essa Tríplice Aliana tinha como objetivo unir as foras militares dos trs países para derrubar Solano Lopez do poder e, principalmente inviabilizar a formao de uma nova potncia regional industrializada: O Paraguai. Presumi-se que aqui portanto que a Inglaterra, ento o maior fabricante de produtos bélicos e detentora quase absoluta dos mercados sul americanos apoiaria a guerra do lado da Tríplice Aliana.
Durante os primeiros tempos de guerra, por incrível que parea, a hegemonia foi paraguaia. Os bem treinados soldados paraguaios impuseram pesadas derrotas ao exércitos inimigos. Com o passar do tempo, o desgaste paraguaio provocado pelo completo bloqueio comercial ocasionou, além de crise econmica, isolamento militar.
Enquanto isso, Brasil, argy e Uruguai faziam enormes empréstimos junto Inglaterra e compravam o que havia de mais sofisticado em termos bélicos na época. No Brasil, especificamente, as foras armadas aumentaram drasticamente o número de soldados, como os chamados "voluntários da pátria". Reestruturadas as foras da aliana militar, as primeiras vitórias comearam a acontecer já no ano de 1866, mas foi a partir de 1867, quando o comando da Tríplice Aliana passou para as mos do Marques de Caxias, que elas se multiplicaram. Em 1869 os aliados invadiram assuno. Solano Lopez morreu em batalha.
O resultado da guerra no foi nada bonito. Para o Paraguai, a morte de quase 75% da populao pode dar a medida do grau de violncia utilizado na guerra. De uma sociedade estimada em quase 1 milho de pessoas antes da guerra, restaram por volta de 250 mil homens, a grande maioria deles eram meninos e velhos. Todas as estruturas produtivas do país foram destruídas. O Paraguai perdeu parte de seu território e teve a sua populao colocada na miséria. Nunca mais conseguiu se reconstruir.
Para o Brasil, o fim da guerra trouxe um aumento significativo na crise do Império. A morte de quase 100 mil homens, o agravamento da situao financeira do Estado pelas dívidas contraídas com a Inglaterra e principalmente com o enorme fortalecimento do Exército brasileiro so algumas das principais causas dessa crise.
CTristão
 
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