Hipersensibilidade eletromagnética, a alergia invis&i

Hipersensibilidade eletromagnética, a alergia invis&i

Mensagempor ewetaof » Qui Mai 08, 2014 08:34

Hipersensibilidade eletromagnética, a alergia invisível

RIO Um de cabea estranha fez com que Marcelo* pedisse demisso. Uma náusea que surgia que estava em TV o fez de jogar videogame. Aos poucos, as dores se espalharam por todo o corpo, as noites insones foram minando sua saúde e a prostrao tomou da sua . Achava que fosse . Asim milhares de pessoas espalhadas , ele acredita sofrer de hipersensibilidade eletromagnética (ou EHS, na sigla em ingls), uma doena no reconhecida pela Organizao Mundial da Saúde (OMS) que divide a científica. O problema seria causado pelas ondas emitidas por aparelhos telefones celulares, roteadores wifi e fornos de micro-ondas, pesquisadores argumentam que comprova sua relao com tais sintomas. Desmentidas por médicos e vítimas do preconceito, pessoas Marcelo acabam isoladas na de se de uma doena-.

O primeiro país a se posicionar o problema foi a Suécia, que em 1995 reconheceu a EHS um comprometimento funcional condio mais que a deficincia, significa que do corpo daquela no está exercendo suas funes corretamente. Na Espanha, a funcionária pública Minerva Palomar recorreu Justia e conseguiu, em 2011, sua aposentadoria por invalidez aprovada. No Canadá, nos Estados Unidos e na Europa há centros especializados em diagnosticar o problema. No entanto, nenhum país reconhece a condio uma doena, e no Brasil em outros países da América do a questo ainda é praticamente desconhecida.

Marcelo procurou um neurologista, um e um psicó, sem sucesso. Ele descobriu a EHS um programa de televiso, e suspeitou que uma rede de em ao seu apartamento poderia ser responsável -estar. Pesquisou mais na internet, e se autodiagnosticou eletrossensível. Decidiu se para uma no do , passou a lugares com wi-fi, usa telefone celular para emergncias e chegou a as paredes do com plástico metalizado, uma das técnicas difundidas na internet que diminuiriam a radiao. As mudanas lhe custaram o .

Todo que tem essa acaba perdendo a famí. Essa doena virou meu de cabea. informao, e quem tem a doena acaba marginalizado pela . Minha famí inteira acha que fiquei desabafa o , que pediu para no a sua identidade revelada.

de 22 anos lutando contra enxaquecas, insnia, alteraes de humor e dores no corpo que culminaram em uma crise que a fez ser hospitalizada no da , a canadense Lucy Stanford, de 61 anos, chegou soluo para o seu problema. Seu médico havia a EHS em um congresso nos Estados Unidos, e identificou na ento corretora de imóveis a maioria dos sintomas descritos.

Ele me disse que a única de seria que eu me retirasse de lugares onde havia campos eletromagnéticos e se me sentia melhor. Fui para a de uma amiga e cinco dias quase todos os sintomas haviam . Foi a primeira vez em que me senti quase 1987. E isso foi em 2009, ou seja, 22 anos mais tarde lembra.

Lucy ento marcou uma consulta no Womens College Hospital, hospital universitário de Toronto pioneiro na deteco da eletrossensibilidade o Canadá no reconhece a EHS doena, o hospital atesta que essas pessoas sofrem de intolerncia ao em que vivem. A consulta demorou um ano para ser realizada, tamanha a de espera da instituio para pessoas que alegam sofrer do problema. Quando recebeu o , ela já havia vendido e escritório em Toronto e se mudado para a cidadezinha de Crystal Beach, na costa dos Grandes Lagos. Em sua , fios de telefone e eletricidade passam por da terra e filtros impedem que quantidades mínimas de eletricidade cheguem aos cmodos pelas tomadas. Celulares, telefones sem , roteadores wi-fi e lmpadas frias também no existem em sua .

O relatório Bioinitiative 2012, asinado por 29 pesquisadores de todo o , alerta que a exposio a campos eletromagnéticos pode levar a reaes inflamatórias e alteraes no imunológico. O documento afirma que no há provas substanciais, cita estudos que indicam que a EHS pode ser um problema neurológico. Segundo o , -se que entre 3% e 5% da populao mundial sofram do problema.

A Organizao Mundial de Saúde (OMS), no entanto, no admite que os sintomas relatados por eletrossensíveis sejam realmente causados pelos aparelhos da moderna. A entidade reconhece que eles so reais e podem de , argumenta que no há científica que relacione os sintomas de EHS exposio a campos eletromagnéticos. O órgo acrescenta que a EHS no se trata de um diagnóstico médico, e no está que represente um único problema médico. Um documento da Contribuio Europeia para a Cincia e Tecnologia (COST), instituio que reúne cientistas europeus, corrobora com as afirmaes da OMS. A investigao, intitulada Cost Action BM0704 sugere que a EHS seja um efeito nocebo, expresso que é contrária ao efeito placebo e se refere a reaes sentidas quando uma acredita uma droga (ou no , sido exposta radiao), que na no tem potencial .

A bióloga e especializada em Kim Goldberg, que está escrevendo um a eletrossensibilidade, discorda:

Ouvi muitas histórias de pessoas com EHS que no sabiam que estavam expostas rediao sem , torres de celular ou redes wi-fi. Em todos os casos, elas sabem imediatamente que esto expostas e comeam a se sentir . Essa é avassaladora. a EHS fosse uma condio psicológica ou psiquiá, essas pessoas no se sentiriam quando esto em um e se aproximam de uma torre de celular que ainda no viram, por exemplo argumenta Kim, que reúne em seu blog Refugium as histórias de Lucy e outras dezenas de vítimas daquilo que decidiu de eletropraga.

Autora do Vivendo esse e professora associada de Pediatria e Clínica de Adolescentes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Evelyn Eisenstein pondera que a cincia é cuidadosa com esse de diagnóstico, alerta: onde há fumaa, há .

Há de 10 anos comearam os estudos efeitos dos campos eletromagnéticos na saúde. Para uma relao de e consequncia é todas as variáveis. So necessários estudos extremamente complexos, e esse é o complicador. Por isso a OMS é cuidadosa quando diz que existe a preocupao, que esto notando problemas, voc no pode sem provas. No entanto, se a OMS já está colocando em , desculpe a expresso, onde há fumaa, há .

Um dos poucos pesquisadores dos impactos dos campos eletromagnéticos do Brasil, o de engenharia elé da Universidade do Rio do (UFRGS) Álvaro Salles acredita que já há evidncias o bastante para uma legislao mais rigorosa quanto exposio a essas ondas. Salles coordenou um de estudos que reuniu cientistas de todo o em Porto para debater o . Para ele, os hipersensíveis so uma da populao que já sofre de males que podero a todos no .

A Agncia Internacional de de Cncer (IARC na sigla em ingls) clasificou essas radiaes no 2B, que significa cancerígeno, mesmo de chumbo, lítio, cobalto, DDT, e acrescentou que enquanto no houver mais resultados, a recomendao é que se restrinja ao máximo a exposio das pessoas a essas radiaes. impresionante essa classificao no causou nenhum impacto nos governos, a ótica de na saúde pública.

Enquanto pesquisadores e órgos de saúde no chegam a um consenso quanto existncia da EHS, pessoas Lucy e Marcelo criam grupos de e informaes. Nos Estados Unidos, o vilarejo de Green Bank, na Virgínia Ocidental, tornou-se um refúgio para eletrossensíveis. Lá está o Observatório de Rádio Astronomia, que abriga o maior telescó móvel do . o pode sofrer interferncias de ondas de rádio, televiso, telefonia móvel e internet sem , foi ao seu entorno uma zona neutra de 33 quilmetros quadrados, chamada Zona de Silncio de Rádio (NRQZ na silga em ingls). A ausncia de dispositivos eletrnicos fez com que o atraísse eletrossensíveis de todo o país, que vo por uma espécie de desintoxicao, ou que se transferem definitivamente -se que 36 pessoas já tenham se transferido para lá por esse motivo.

Em dezembro do ano , foi inaugurado em Zurique, na Suía, o primeiro condomínio para portadores de EHS e Quí Múltipla (MCS, na sigla em ingls), outro problema no por autoridades médicas que estaria a produtos químicos, materiais de , derivados do petróleo e até perfumes. O foi municipal Healthy Life and Living Foundation, organizao que representa os portadores desses problemas no país. No prédio de 15 apartamentos, esto proibidos quaisquer aparelhos que emitam ondas eletromagnéticas, além de materiais de e que no estejam entre os considerados seguros para os portadores de MCS.

Para a designer brasileira Lí Marques, que vive na Espanha há 12 anos e conseguiu, ano, o seu problema por um médico, o principal dos eletrossensíveis é o problema. Ela suspeitou ser portadora de EHS há dois anos, e levou todo o que encontrou até o médico que a atendia no servio público . O de convencimento levou , foi o suficiente para que ela se sentisse realizada.

A primeira reao dos médicos é de incredulidade, existe uma defasagem entre as novas questes de saúde e o médico. que sentia quando chegava perto da TV, de celulares ou de roteadores wi-fi era kafkiano lembra. Espero que em pouco possamos nossos direitos reconhecidos na Espanha em todo o . extremamente no ou se locomover normalmente nos espaos públicos e no ser pela maioria das pessoas.

* Os nomes foram trocados a dos entrevistados

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