RIO - No próximo dia 7, a Comisso de Direitos Humanos e Minorias da Cmara dos Deputados irá debater a violncia obsté no Brasil. A audincia é mais um do Adelir Lemos de Goes, a gaúcha obrigada por deciso a dar por cesárea no Rio do , em 1 de abril, e que gerou uma onda de protestos no Rio, em Londres e em Madri.
O foi Jean Wyllys a da ONG Artemis que das mulheres e á a participao da em dos Direitos Humanos e Minorias, do Ministério da Saúde, da de Políticas para as Mulheres da Presidncia da República e da própria Adelir, dentre outros agentes do e da .
Em seu , Wyllys citou o da gaúcha e uma série de referncias que garantem o de da de e de familiar durante o parto o que foi para Adelir a justificativa de que seu estava .
A Artemis pediu a audincia pública com a inteno de pautar ao legislativo a da cobrana de leis que já existem para o atendimento ao parto e que esto sendo descumpridas, a do acompanhante, de 2005, além de novos projetos de disse Raquel Marques, presidente da Organizao. No temos notícias de outra que tenha uma cesariana por deciso no país. Nosso receio é que o Adelir abra precedentes para decises semelhantes, que consideram a uma com menos direitos.
O da audincia cita também o problema da de cesáreas no Brasil, fazendo referncia a uma nota publicada no site da Agncia de Saúde (ANS) o deste de cirúrgico:
Os partos por cesariana podem influenciar a de entre mes e bebs. A cesárea é uma cirurgia, com todos os riscos de uma interveno desse e representa uma chance seis vezes maior de a do que em parto . A cesariana também aumenta a de a parturiente contrair uma infeco ou sofrer uma hemorragia. Para os bebs, os de eles terem que ir para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) quadruplica....
Wyllys ainda que a cirurgia sem respaldo em evidncias científicas e sem clínica é infrao no Código de tica Médica, o que poderia se enquadrar no de Adelir.
Segundo dados da Organizao Mundial de Saúde (OMS), em 2010, o Brasil e a China foram responsáveis por metade das cesáreas realizadas no . Entre 2010 e 2013, a pesquisa “Nascer no Brasil”, realizada pela Fiocruz, mostra que 53% dos partos na saúde pública foram cirúrgicos. Bem acima do limite máximo recomendado pela OMS, de 15%.
A obstetra Ana Fialho, do Hospital Maternidade Maria Amé Buarque de Holanda, um de referncia do parto humanizado no Rio, comemorou a discusso na Cmara:
Acredito que a transformao acontece através da informao. Conseguimos o país um dos principais incentivadores da amamentao exclusiva no com campanhas educativas que atingiram no só a populao em , os profisionais de saúde capazes de a me após o parto Ana. Um , com foco na ateno humanizada ao parto e , pode os mesmos resultados.
Segundo Ana, há, por dos médicos, um receio de que o protagonismo feminino resulte em uma da médica, e também o da responsabilizao alguma complicao no parto .
A educao médica tende a ser mais focada na doena e no na saúde, sabemos que o parto, na maioria das vezes, é um evento fisiológico no analisa a obstetra. Além disso, é ao médico que atua na medicina privada que as boas práticas sero reconhecidas e protegidas, pois juridicamente hoje o médico se v a cirurgias para se de possíveis complicaes, uma vez que no imaginário popular a cesariana é a resposta para obsté.
No , a Artemis irá uma mudana do de atendimento, médico seria o responsável técnico, atuaria em situaes de em que as intervenes sejam necessárias. No dos casos, o seria pela enfermeira obstetra.
Um terceiro que pleiteamos é o monitoramento dos índices de cesariana e intervenes, de kristeller (presso na do útero para o ), episiotomia (inciso no períneo) e fórceps ( que auxilia a retirada do feto) pela Vigilncia Sanitária, pelos médicos e pelos hospitais, tornando públicos os números e as justificativas para os casos disse Raquel. Acreditamos que através da transparncia, os gestores e profissionais de saúde tero em para melhorar os servios de infraestrutura e capacitar profisionais.